Minha estréia no Blog será uma homenagem ao Clube Atlético Mineiro e em especial ao nosso amigo, Daniel Carvalho que teve a idéia de criar esse espaço pra a gente escrever sobre futebol.
Em primeiro lugar, Parabéns Cabelo, parabéns ao glorioso CAM e a sua apaixonada torcida, que os próximos 100 anos continuem sendo de "raça e amor" para o time que tem a torcida "mais Baêêêêaaa" das Minas Gerais!
A forma que encontrei de prestar minha modesta homenagem, foi contar algumas lembranças pessoais, relacionadas com a minha maior paixão que é o Esporte Clube Bahia, já que a torcida do Galo entende bem o que é amar incondicionalmente um clube de futebol. Nesses pouco mais de 20 anos, dos 100 da história Atleticana, que acompanho futebol os fatos que acredito nunca sairão da minha cabeça são:
- Durante a fase classificatória do Brasileiro de 1988 estava eu numa tarde de domingo em frente a TV assistindo a um jogo no Mineirão com placar de 1x0 pro Atlético contra o Bahia, o Bahia jogava melhor e conseguimos empatar e eu tinha “certeza” que ganharíamos nos pênaltis(naquele Brasileiro em caso de empate o jogo se decidiria nos Penais), criança acredita que existe justiça no futebol, que quem joga melhor tem que ganhar como se fosse um presente do destino, que quem “rouba perde” em um ato punitivo dos Deuses do futebol, vale a pena ressaltar que não houve, que eu me lembre, nada de irregular na partida. Perdemos nos pênaltis e eu saí da casa de minha avó chorando muito, mesmo não sendo um jogo decisivo, um menino de sete anos costuma ter este comportamento.
- No último jogo da fase classificatória do Brasileiro de 1990, em jogo disputado na Fonte, o Bahia precisava ganhar pra assegurar sua vaga nas quartas e enfrentava o Galo que játava classificado. Foi uma das melhores partidas que presenciei, o melhor time doBahia que acompanhei, fazer. Placar de 2x0 pro tricolor, um gol em cada tempo, um lembro que foi de Charles, o artilheiro daquele certame, o outro se não me engano foi de Luis Henrique ou Naldinho. Eu tinha a “certeza” (essas minhas certezas...) que nos veríamos de novo nas semi, o Atlético acabou em segundo e o Bahia em terceiro entre os oitos que restaram no torneio e pra mim faríamos a final antecipada já que éramos os dois melhores times e eu achava que São Paulo ou Grêmio(quarto e primeiro na classificatória, respectivamente), viesse quem viesse perderia pra um de nóis. Pena que o Galo perdeu as quartas pra aquele time horrível, do anti-futebol e das bolas paradas do Corinthians! Quem sabe a história não seria outra naquela hipotética semi? E eu escaparia de ter tido a maior "decepção" de minha vida naquele início de noite de um domingo (será que meus trauma e repúdios aos domingos vêm daí?) quando fiquei estático nas cadeiras do “saudoso” Octávio Mangabeira, sem consegui acreditar que o sonho do tri foi adiado e que o que foi dito no sábado anterior no Jornal Nacional da rede Globo, “a torcida mais presente e apaixonada do Brasil poderá ter a chance de pela 1ª vez na história fazer a partida decisiva de um campeonato nacional em sua casa”, não iria se concretizar, após o apito final da partida diante do Corinthians em que aquele excelente time do Bahia não conseguiu fazer um golzinho, que era o suficiente pra pegarmos o São Paulo do mestre Telê na finalíssima.
- No fatídico ano de 1997 o Bahia teve um alento no meio do Campeonato Brasileiro, hoje eu poderia dizer que foi o último suspiro, antes da tragédia frente o Juventude na última rodada. O Bahia vinha de cinco ótimos resultados, sendo três fora de casa e tinha reais chances de se classificar entre os 8, caso conseguisse bons resultados nas 4 partidas restantes. E a primeira era contra o Atlético em uma tarde linda de céu azul em Salvador e com a Fonte lotada (lembro que o público oficial foi de pouco mais de 60 mil e eu gritava “isso é roubo, aqui tem mais de 90 mil com certeza”). Pra encurtar a história foi um passeio Atleticano, que cadenciou o jogo no 1º tempo e fez os dois gols da vitória no segundo, se não me engano Marques e Jorginho foram nossos carrascos. Daí pra frente o Bahia não venceu mais nenhum jogo e além de não se classificar pras quartas, foi rebaixado pela 1ª vez pra segunda divisão nacional.
- Bahia e Atlético jogavam pelo Brasileiro de 2003 na Fonte, eu estavav iajando com minha ex-namorada e os pais dela, pois era um feriadão prolongado, já que 21 de Abril (Tiradentes) caiu na segunda logo após o Domingo de Páscoa. Lá em Barra Grande de Camamu o rádio falhava direto e mesmo a gente estando sentado numa barraca de praia, toda hora eu saia da mesa e ia pro carro tentar saber quanto estava o jogo. Placar final 4x2 pro Galo e mesmo sendo um sábado (sábado de aleluia) e a gente ainda tinha dois dias pra aproveitar naquele paraíso, meu feriado foi estragado, pois passei o resto dos dias de mal-humor. Dessa viagem em diante, Renata, que até gostava do Bahia, passou a ter ódio mortal e dizia que o Bahia me fazia mal e ainda atrapalhava os momentos de lazer nosso, hoje ela já voltou a admirar a maior religião do estado da Bahia, ninguém conseguee squecer o encanto que o BaêêÊa proporciona, hehehehe!
- Me recordo dos belos confrontos pela Copa do Brasil de 99 e 2002, (o jogo da volta de 2002 que terminou 4x3 pro Bahia e mesmo assim classificou o Atlético, aconteceu em um dia marcante pra mim, foi meu 1º dia de trabalho em uma empresa de Engenharia) onde cada um passou de fase em uma ocasião, mesmo com o último jogo acontecendo na casa do adversário.
- Teve o 3x1 pro Bahia na Copa dos Campeões de 2002, em que comemorei o 1º gol como profissional de um amigo, Dudu, quem eu achava que daria muitas alegrias a nação tricolor.
- Não esqueço aquela “chuva de gols”, 5x3 pelo Brasileiro de 2002, em um jogo com 3 viradas e que se o Bahia não tivesse vencido, teria se complicado muito na tabela.
- E aquele épico 4x0 pelo Brasileiro de 2001? Com aquele golaço de Nonato que Marcelo Dejean (foi ele não foi?) ao tomar um belo “banho” procura a bola até hoje. Pra chegar a Fonte naquele dia eu, meu amigo Pará e nossas namoradas participamos de uma odisséia. Acordamos 7 da manhã em Morro de São Paulo, após termos ido dormi mais de 4:30 da madrugada, pegamos fila na Balsa que nos levou até Valença, onde alugamos um táxi até o terminal de Bom Despacho na Ilha de Itaparica, pegamos fila no Ferry-Boat, que nos levou até Salvador, onde pegamos outro táxi até nossas casas, tomamos banho, nos arrumamos, almoçamos(dessa vez só eu e Pará, as meninas não foram ao jogo, acho que o ódio de Renata pelo Bahia começou a nascer nesse dia) em 15 minutos e deu tempo de chegarmos antes do Bahia pisar no gramado.
Sendo assim tenho que dizer que parte da história centenária Atleticana se confunde com minha relação com o futebol, que ela fez parte do caso de amor, desilusões, alegrias e tristezas minhas com o meu querido tricolor de aço. Parabéns Atlético, Parabéns a "famosa" Galoucura, Parabéns amigo, Cabelo, que vocês sejam sempre fortes e vingadores, pois vocês fazem parte do patrimônio cultural da minha querida e de raízes sanguíneas Minas Gerais e do próprio patrimônio do futebol brasileiro.Abraço a todos, Peu.
quinta-feira, 27 de março de 2008
Feliz Aniversário!
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